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Filho escreve carta para pai policial se proteger durante buscas por Lázaro Barbosa: ‘Fico com medo e tristeza’
Brasil
Publicado em 23/06/2021

Caçada ao suspeito de uma chacina em Ceilândia já dura 15 dias. Criança pede que militar tome cuidado também com cobras e aranhas que existam na mata.

Um menino de 9 anos escreveu uma carta emocionante para que o pai, policial militar, se proteja ao ir trabalhar, dando apoio às buscas por Lázaro Barbosa, suspeito de uma chacina em Ceilândia. O garoto disse que fica com medo quando o PM sai para trabalhar. A caçada ao fugitivo já dura 15 dias.

“Pai, toma cuidado nessa mata. Apesar de ter o Lázaro, também tem bichos, como cobra, aranha... [...] Todos os dias que o senhor vai trabalhar, fico com medo e tristeza”, escreveu Rhauã Victor dos Santos Ribeiro.

A mãe de Rhauã, Thaynara dos Santos Pereira Ribeiro, conta que o marido, cabo da Polícia Militar, tem ajudado na operação que tenta prender Lázaro. Ele chegou a participar de algumas buscas e dar apoio às equipes, mas não tem dormido em Cocalzinho de Goiás, onde se concentram os trabalhos.

“O pai dele comentou como era a mata, como foi a experiência de ter ido para lá. Ele comentou que haveria a possibilidade de algumas equipes voltarem e ele ir para lá [para ficar fixo]. Foi quando meu filho decidiu escrever a carta e colocar na farda dele”, contou.

Na carta, Rhauã diz que a carta “foi de coração”.

“Tenho medo de acontecer alguma coisa com o senhor. Papai, quero que o senhor tome muito cuidado, o senhor é a raiz que sustenta a família. [...] Nós te amamos muito”, diz a carta.

A mãe de Rhauã conta que a preocupação é constante e que isso só passará quando o suspeito foi preso. “Infelizmente tem várias famílias, vários policias que estão lá sofrendo com essa saudade, com essa preocupação e medo. Para criança se torna mais difícil ainda”, contou.

15 dias de busca

A caçada a Lázaro Barbosa já duram 15 dias. Uma força-tarefa com 270 homens e mulheres de várias áreas de segurança trabalham 24 horas por dia para tentar localizar e prender o fugitivo. Desde que começaram as buscas, o investigado já invadiu diversas propriedades, fez pessoas reféns e trocou tiros com policiais e um caseiro.

Além de policiais e bombeiros, a caçada conta ainda com rádios comunicadores que têm um alcance de até 30km, drones equipados com sensores de calor que estão sendo usados em áreas onde o sobrevoo de helicóptero é mais arriscado, e cães farejadores, inclusive uma cadela que atuou nas buscas por vít

 

 

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