O Brasil conseguiu superar a crise e a tensão causadas pela insatisfação dos jogadores e do técnico Tite com a Copa América no País e alcançou sua quinta vitória nas Eliminatórias para a Copa do Mundo.
time venceu o Equador por 2 a 0 nesta sexta-feira, em Porto Alegre, e manteve o aproveitamento de 100% - cinco jogos, cinco vitórias.
A imagem do jogo foi a comemoração do gol. Todos os jogadores para celebrar com Tite no banco de reservas. Foi um agradecimento claro pelo apoio do treinador nas reclamações do grupo em relação à CBF.
Segundo os atletas, a entidade não os informou sobre a mudança de sede e ainda não se manifestou sobre o torneio. O recado foi claro: o grupo está unido. Tite prometeu se manifestar A após o jogo contra o Paraguai, em Assunção.
A seleção teve oito mudanças em relação ao último jogo das Eliminatórias, contra o Uruguai, há quase sete meses. Isso obviamente prejudicou a fluidez das jogadas, principalmente do meio para a frente.
A ausência foi dolorida foi a de Renan Lodi. O lateral que foi campeão espanhol pelo Atlético de Madrid representava uma grande válvula de escape para a seleção nos últimos jogos. Mas Tite optou por Alex Sandro, que vinha sendo escalado com mais frequência no final da temporada europeia. O time perdeu sua principal saída.
O time inverteu o lado e apostou em Danilo. Foi por ali que o time conseguiu as jogadas de linha de fundo. E criou as principais chances, como a finalização de Gabigol em cima do goleiro aos 22 minutos e o gol anulado no final do primeiro tempo.
Os lances mostraram que Gabriel aproveitou o fato de ser titular após cinco anos. A última vez foi na despedida de Dunga, quando o Brasil perdeu para o Peru, na Copa América. Mas sua atuação vai ficar marcada pelo gol perdido aos 27 do segundo tempo na cara do goleiro.
Terceiro colocado nas Eliminatórias até o início da rodada, o Equador não justificou o retrospecto de melhor ataque da competição. O time do são-paulino Arboleda incomodou pouco o goleiro Alisson e só começou a avançar suas linhas na metade do segundo tempo. Criou pouco.
Sempre marcado por três jogadores, Neymar, principal esperança de gol, buscou o jogo pela direita, pelo centro e até chutou de fora da área. Mas o craque do PSG só conseguiu aparecer mais na partida quando Tite adotou uma formação mais ousada.
Ele tirou Fred e colocou Gabriel Jesus no início do segundo tempo. O time ficou mais ofensivo e dinâmico com praticamente quatro atacantes Com isso, passou a ter vantagem numérica na chegada ao ataque. Justiça seja feita: a mudança só foi feita porque Tite ficou com receio de que Fred recebesse o segundo cartão amarelo.
No primeiro lance em que os homens de frente avançaram, o Brasil abriu o placar. Neymar tocou para Richarlison marcar o seu terceiro gol nas Eliminatórias, com ajuda do goleiro Domínguez.
O chute foi fraco e defensável, mas entrou. Foi aí que ocorreu a imagem que resumiu a partida. O elenco todo correu para abraçar Tite.
Nos acréscimos, Neymar marcou o segundo gol de pênalti - ele só conseguiu na segunda tentativa, depois de o árbitro exigir uma nova cobrança depois de o goleiro equatoriano se adiantar.
Fonte: Estadão Conteúdo