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Inquilina denuncia ter sido xingada de ‘preta safada’ e ‘macaca’ por dono de imóvel
Maranhão
Publicado em 18/05/2021

Caso ocorreu em Anápolis. Segundo a vítima, ofensas surgiram após ela reconstruir um muro que caiu durante uma forte chuva. Polícia investiga o caso.

Uma diarista de 41 anos denunciou o dono da casa em que ela morava após ser chamada de “preta safada”, “macaca”, “negra ladra” e até recebido uma possível ameaça de morte, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo a vítima, ofensas surgiram após ela ter reconstruído um muro que caiu da residência após uma forte chuva. Print do aplicativo de mensagens mostra a conversa (veja acima). A polícia investiga o caso.

“Quando li a mensagem, me senti a pior pessoa do mundo. Nunca passei por nada parecido, nunca sofri nem bullying na escola. É uma dor que não tem explicação. Estou me sentindo um trapo, com vergonha de sair na rua. Passei mal, chorei muito e minha filha me aconselhou a ir à delegacia”, contou a mulher.

As mensagens foram enviadas à mulher no sábado (15), cerca de 20 dias após ela ter se mudado do imóvel. O caso foi registrado na delegacia na segunda-feira (17). A vítima, que não quis se identificar, morou por nove meses na casa, no bairro Residencial Valência.

Ela conta que o locatário combinou que ela reconstruísse o muro e que a obra fosse descontada em três meses de aluguel, mas a esposa do proprietário também se revoltou e começou a cobrá-la. Ainda segundo a vítima, o homem mandou ela deixar o imóvel em um prazo de 48h.

Uma das mensagens ainda ofende a mulher como “porca” e “nojenta”. Pelas palavras, ela ressalta que se sentiu ainda pior, principalmente por trabalhar limpando casas e por ter cuidado do imóvel pelo tempo que morou.

"Ele me chamou de porca, há um ano eu faço faxina na mesma casa. Se eu fosse porca, como estaria lá?! Eu capinava até o mato da casa dele, eu amava morar na casa. Não almocei, não jantei, só fiquei chorando", ressaltou.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Cinthia Alves, o homem ainda deve prestar depoimento. Ele pode responder pelos crimes de injúria racial, ameaça e calúnia. O caso segue em investigação.

 

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