A ação contou com o emprego de 130 policiais federais que cumpriram 30 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão preventiva
A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (17/5), nas cidades de Ponta Porã/MS e Campo Grande/MS, a Operação Fênix, que investigou organização criminosa voltada para o tráfico internacional de entorpecentes e lavagem de dinheiro.
Segundo as investigações, o grupo criminoso era responsável por internacionalizar o entorpecente conhecido como maconha, a partir da cidade de Pedro Juan Caballero/PY, cujos carregamentos tinham como destino inicial a cidade de Campo Grande/MS. A droga posteriormente era encaminhada para outros estados do Brasil. Além disso, a organização criminosa realizava a lavagem dos valores obtidos ilicitamente com a venda do entorpecente, através do comércio e financiamento de veículos utilizando para tanto empresas localizadas nesta capital.
No transcurso das investigações, foram realizadas 12 apreensões de carregamentos de entorpecentes, os quais totalizaram cerca de 21 toneladas de maconha, além de 18 integrantes da ORCRIM presos em flagrante delito por tráfico de drogas. Ainda foi apreendida a quantia de mais de R$ 68 em espécie durante as abordagens.
Os mandados expedidos pela 5ª Vara Federal de Campo Grande/MS buscam confirmar a ligação entre os membros da organização criminosa, reforçar os indícios de lavagem de dinheiro, apreender bens de alto valor e individualizar a conduta de cada agente.
As medidas judiciais ainda contemplam o sequestro e indisponibilidade de diversos bens móveis, imóveis e valores financeiros relacionados aos integrantes do grupo criminoso.
Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa (art. 1º, § 1º, da Lei n.º 12.850/13), tráfico internacional de entorpecentes (art. 33 c/c 40, I da lei 11.343/2006) e lavagem de dinheiro (art. 1º da lei 9613/98).
O nome da operação faz referência ao significado de FENIX, ressurgimento das cinzas, haja vista que boa parte da organização criminosa foi investigada e presa no ano de 2009 pela Polícia Federal na Operação Litoral pela prática dos mesmos crimes investigados.
Em razão da situação de pandemia da COVID-19, foi planejada uma logística especial de prevenção ao contágio, com distribuição de EPIs a todos os envolvidos na missão, a fim de preservar a saúde dos policiais, testemunhas, investigados e seus familiares.