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TSE lança parceria com redes sociais contra desinformação durante a campanha eleitoral
Política
Publicado em 01/10/2020

Tribunal lançou parceria com Facebook, Instagram e WhatsApp para combater a desinformação durante a eleição municipal. Robô enviará informações oficiais do TSE pelo WhatsApp.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou nesta quarta-feira (30) parceria com Facebook, Instagram e WhatsApp para combater a desinformação durante a eleição municipal deste ano.

Entre as ferramentas disponíveis, está um canal de comunicação específico com o TSE para denunciar contas suspeitas de realizar disparos em massa de mensagens pelo WhatsApp.

Reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” apontou a contratação, pelas campanhas de candidatos à Presidência, de empresas que ofereciam serviço de disparo em massa nas eleições de 2018.

Essa irregularidade é alvo de investigação na CPMI das Fake News. Em fevereiro, o sócio de uma das empresas afirmou à comissão que prestou serviços de disparo para as campanhas do presidente Jair Bolsonaro (na época no PSL, hoje sem partido), de Fernando Haddad (PT) e Henrique Meirelles (MDB).

Ações no TSE pedem a cassação da chapa de Bolsonaro por suposto abuso devido a ataques cibernéticos em rede social para beneficiar a candidatura do hoje presidente da República. Não há data para o julgamento.

Também estão entre os serviços oferecidos à Justiça Eleitoral pelas plataformas, sem custo aos cofres públicos, ferramentas para divulgação de medidas sanitárias na votação, figurinhas com temática das eleições e um robô no WhatsApp para circular informações oficiais do TSE sobre a votação.

A campanha eleitoral começou oficialmente neste domingo (28). O horário eleitoral na televisão e no rádio começa no dia 9 de outubro e vai até 12 de novembro. O primeiro turno das eleições será no dia 15 de novembro e o segundo turno no dia 29 de novembro.

O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o objetivo da parceria é “eliminar os participantes de má-fé que, dolosamente, procuram fazer mal às pessoas e à democracia”.

“Devemos transformar a revolução tecnológica em favor do bem e temos mecanismos para neutralizar o mal. Estamos procurando eliminar essa circulação do mal, das notícias falsas, das manifestações de ódio, das campanhas de desinformação, sem controle de conteúdo”, afirmou o ministro.

Denúncia de disparos em massa

Dario Durigan, diretor de políticas públicas para WhatsApp no Facebook, explicou que o aplicativo terá uma plataforma de denúncia de contas suspeitas de automação e disparo de mensagens em massa.

“O TSE receberá denúncias das demais instancias da Justiça Eleitoral e dos eleitores e encaminhará ao WhatsApp para que esse verifique e revise o comportamento de contas suspeitas de acordo com seus termos de serviço”, disse Durigan.

“Sabemos que há empresas que fornecem aos candidatos serviços ilegais de disparo em massa de mensagens. Por isso, o WhatsApp solicita que os candidatos rejeitem essas propostas e façam as devidas comunicações às autoridades constituídas”, completou ele.

O diretor afirmou que o Whatsapp banirá contas que fizerem disparo automatizado e massivo de mensagens.

Veja a seguir as ferramentas disponibilizadas pelas redes sociais à Justiça Eleitoral:

Facebook Brasil

  • Ferramenta “Megafone” vai divulgar, antes da eleição, mensagens no “feed” de notícias sobre as eleições de 2020, sobre sua organização, e sobre medidas de segurança e sanitárias no dia da votação.

Instagram

  • Estarão disponíveis aos usuários figurinhas, chamadas de “stickers”, com a temática das eleições municipais e divulgação da campanha sobre mais mulheres na política.

WhatsApp Inc.

  • Criação de “chatbot”, um robô, para ajudar na circulação de dados oficiais do TSE sobre o processo eleitoral e a votação. Para receber essas informações e manter conversas com o canal interativo, o eleitor deve adicionar o número: +55 61 9637-1078 na lista de contatos ou acessar o serviço pelo link: wa.me/556196371078
  • Canal de comunicação específico com o TSE para denunciar contas suspeitas de realizar disparos em massa, o que não é permitido nos Termos de Serviço do aplicativo nem pela legislação eleitoral.
  • “Stickers/figurinhas sobre a temática eleitoral para utilização no aplicativo. Informações do TSE.
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