Os suspeitos foram indiciados pelos crimes de furto qualificado, organização criminosa e receptação qualificada. Cada um deles pode pegar uma pena de até 26 anos de prisão.
A Polícia Civil concluiu nessa segunda-feira (9) o último inquérito policial da Operação Abigeato, que investigou a atuação de uma quadrilha responsável por furto e roubo de gados no Piauí e Maranhão. Ao todo, 10 pessoas foram indiciadas pelos crimes de furto qualificado, organização criminosa e receptação qualificada, podendo cada um deles pegar penas de até 26 anos de reclusão.
Segundo o delegado Odilo Sena, titular do 21°Distrito Policial, as investigações começaram no início deste ano devido ao furto de gado entre os municípios de Teresina e Altos, causando um prejuízo financeiro de R$ 600 mil a empresários e pequenos comerciantes dessa região.
Abigeato é o crime de furto de animais na zona rural, seja o gado bovino, equino ou animais que se encontram em campos, pastos, currais ou retiros.
Durante a apuração, a polícia constatou que parte dos animais era abatido e vendido em açougues de Timon e em outras cidades do Piauí e Maranhão.
"Também foi confirmado que outras cidades e estados foram vítimas do bando. A delegacia de Altos iniciou o primeiro inquérito e prendeu alguns suspeitos em flagrante, inclusive com gados furtados, além das apreensões de duas motos e dois caminhões. Um dos suspeitos foi morto durante o confronto com a polícia", explicou o delegado.
Durante a investigação e os depoimentos dos suspeitos presos em Altos, mais dois inquéritos foram abertos referentes aos demais integrantes da organização criminosa.Com a conclusão do último inquérito foram indiciados: Luís Sousa das Neves, vulgo 'Luisinho'; João José Soares da Silva Neto; Jociane Rodrigues da Silva; Fredson Rodrigues Magalhaes, vulgo Tiago; Belarmino Gomes de Oliveira Filho; Francisco Araújo Rosa, vulgo 'chuta'; Valmir Rodrigues da Silva, vulgo 'gordo'; Alan David Morais de Araújo; Waldete José da Mota; Edson Gonçalves de Sousa.
Como funcionava
De acordo com o delegado, a quadrilha atuava em outras cidades e estados há quatro anos sem ser identificada, gerando um prejuízo total estimado em R$ 2 milhões. O grupo tinha uma sede fixa na Zona Norte de Teresina e em um sítio a 20 km de Timon (MA), onde eram deixados os animais furtados para serem abatidos ou vendidos vivos.
"Cada integrante tinha uma função distinta. A organização criminosa também contava com a participação de moradores, que passavam informações para o grupo e guardavam os animais furtados até a chegada dos caminhões, que fazia o transporte para um matadouro clandestino. Essa carne era vendida principalmente para Timon, Pau d'Arco do Piauí e Altos”, informou Odilo Sena.
Conforme as investigações, os principais membros do grupo criminoso seriam:
Waldete José da Mota: apontado como líder da quadrilha
Luís Sousa das Neves: gerente da organização criminosa, responsável por contratar pessoas para fazerem o serviço.
Belarmino Gomes de Oliveira Filho: suspeito de prestar suporte logístico e operacional para a organização.
João José Soares da Silva Neto e a esposa, Jociane Rodrigues da Silva, Fredson Rodrigues Magalhães: os três serviram como direcionador dos locais onde os integrantes buscavam o gado.
Fonte: G1PI