O Santos foi o time que mais maltratou a defesa do Nacional em 2018. Só o Peixe conseguiu vazar o time uruguaio mais de duas vezes na temporada – na vitória de 3 a 1 no Pacaembu, em 15 de março. E a pancada parece ter feito bem à equipe tricolor: desde então, foram nove jogos e apenas dois gols sofridos.
A defesa é um ponto forte do Nacional. O ataque é econômico (foram 34 gols em 22 jogos no ano, média de 1,5 por partida), mas o sistema de proteção funciona bem: foi vazado apenas 12 vezes (média de 0,5).
Depois da derrota para o Santos, o Nacional passou seis partidas seguidas sem sofrer gols (cinco pelo Campeonato Uruguaio e uma pela Libertadores), mesmo por vezes poupando titulares. E o mais expressivo: dos 22 jogos no ano, não sofreu gols em 14.
Os jogos do Nacional desde a derrota para o Santos:
Quebrar a marcação adversária será um desafio ainda maior para o Santos por causa dos desfalques. Eduardo Sasha, seu goleador na temporada, com seis gols, está fora da partida. Ele tem dois gols na Libertadores.
- Sabemos que vai ser difícil. Mas temos bons jogadores. O Copete entrou no lugar do Sasha no último jogo e deu conta do recado. Quem está aqui, está preparado para fazer uma grande partida – disse o volante Alison em Montevidéu.
Os autores de quatro dos seis gols do Santos na Libertadores não começarão a partida: Sasha (dois); Lucas Veríssimo (um), suspenso; e Arthur Gomes (um), por opção de Jair Ventura. Os outros dois gols do Peixe na competição foram de Gabigol e Rodrygo. Eles serão titulares no Parque Central.
Para os uruguaios, manter a solidez também será um desafio. Eles não terão o lateral-direito titular, o argentino Peruzzi, lesionado. Com isso, Fucile, ex-jogador do Santos, deve passar da lateral esquerda para a direita, com a entrada de Espino do outro lado. A dupla de zaga, com Corujo e Polenta, será mantida.