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Falso pastor preso no Distrito Federal é suspeito de estelionato, cárcere privado e estupro no Maranhão
Policial
Publicado em 19/08/2021

Segundo as investigações, o suspeito se passava por pastor, para enganar vítimas em diversos Estados do Brasil. No Maranhão, ele é investigado por ameaça, cárcere privado e estupro simples, praticados contra uma vítima na cidade de Imperatriz.

A Polícia Civil do Maranhão cumpriu, nessa quarta-feira (18), um mandado de prisão preventiva contra um homem, identificado como Alailson Amorim, investigado por aplicar vários golpes na cidade de Imperatriz e em outras cidades do país. Segundo as investigações, o suspeito se passava por pastor, para enganar as vítimas. Na cidade maranhense, ele é investigado por ameaça, cárcere privado e estupro simples, praticados contra outra vítima.

 

Após a prisão, ele foi levado ao Estado de Sergipe, onde a polícia cumpriu um mandado de prisão pela prática de estelionato e furto. Após chegar em Sergipe, a Polícia Civil do Maranhão cumpriu o mandado de prisão contra o suspeito, pelos crimes praticados na cidade de Imperatriz, na Região Tocantina do Estado. Segundo a polícia, Alailson pretendia fugir para a Europa.

Crimes no Maranhão

No Maranhão, as investigações foram realizadas pela Delegacia Especial da Mulher (DEM) de Imperatriz, após a denúncia de uma vítima. A mulher, que preferiu não se identificar, relatou que manteve um curto relacionamento com o investigado, antes de se casarem, quando passou a ser vítima de abusos sexuais, psicológicos e financeiros.

A vítima também denunciou que o ex-companheiro praticou diversos crimes e que tinha processos em vários Estados. As investigações apontaram a existência de diversos boletins de ocorrência e processos judiciais abertos contra Alailson, desde roubos de carro, reconhecimento de paternidade, até acusações de estupro e cárcere privado.

Segundo a delegada Alanna Lima, responsável pelas investigações em Imperatriz, na cidade maranhense há um boletim de ocorrência na delegacia contra o falso religioso por delitos de ameaça, cárcere privado e estupro simples, praticados contra outra vítima.

Ainda de acordo com a delegada, no município há uma organização religiosa cadastrada em nome do investigado como ‘Assembleia de Deus Unção e Avivamento de Imperatriz’.

As investigações feitas pela DEM apontam que o homem se aproximava das vítimas pelas redes sociais e, após ganhar a confiança das mulheres, ele passava a praticar atos de violência física, psicológica e patrimonial.

Quando terminava o ciclo de violência, o falso religioso se mudava para outro Estado da Federação. O homem dizia ser pastor itinerante e também juiz, sendo que em uma de suas redes sociais, ele mantinha um perfil ‘fake” com mais de 40 mil seguidores.

Alailson foi preso em um shopping, no último sábado (14), durante uma força-tarefa dos órgãos de investigação do Maranhão, Sergipe e Distrito Federal. Na ação, a Polícia Militar do DF encontrou na casa dele máquinas de cartão de crédito, celulares e outros objetos que teriam sido furtados.

Após ser preso no DF, o acusado foi transferido para o Estado de Sergipe, onde constam dois mandados de prisão contra o mesmo, além do mandado de prisão expedido pelo Tribunal de Justiça do Maranhão.

Crimes em São Paulo

Há, ainda, registro de crimes praticados por Alailson Amorim na cidade de Assis, em São Paulo, onde uma vítima deu queixa de que o homem a convenceu a comprar um carro no valor de R$ 22 mil com o dinheiro de uma indenização trabalhista que ela tinha recebido.

No boletim, a denunciante relatou que o falso pastor a manteve em cárcere privado e sem celular durante dois dias, ameaçando-a de morte, dizendo inclusive que pagaria um matador de aluguel para ceifar sua vida.

Crimes no Sergipe

Segundo a polícia, o caso mais recente de estelionato praticado por Alailson Amorim foi no Estado de Sergipe, onde ele fez a venda de um veículo pelo valor de R$ 34 mil para um idoso. As investigações apontam que o homem se apresentou como juiz de direito e pastor evangélico e afirmou que o carro seria de propriedade de sua esposa.

Alailson ainda disse à vítima que o objetivo da venda seria o de montar uma igreja. A negociação foi acertada e, após a transferência do dinheiro, foi feito o reconhecimento de firma da proprietária do veículo. Mas o suspeito ficou de entregar alguns objetos e, como não o fez, a vítima procurou saber a procedência do carro. Após isso, o idoso descobriu que o veículo estava alienado com uma dívida de R$ 18 mil em uma instituição financeira.

Além disso, o homem mantinha perfis falsos em redes sociais e dizia que tinha parentes em cargos de destaque, como forma de intimidar suas vítimas. Um suposto parente seria juiz federal, um tio policial civil e uma mulher advogada. DO G1MA

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